domingo, abril 19, 2009
A pequena solidão dentro do peito de cada um de nós, que cresce, sem darmos conta, na ausência de mãos e línguas que nos envolvam, toma conta de nós. Cresce no nosso peito e transborda, invadindo os territórios vizinhos, deixa-nos o coração feito de água, e as palavras molhadas, salgadas e amargas.
Queria escrever sobre o amor, mas a ausência do mesmo deixa-me vazia. Digo sempre que prefiro a dor à ausência do sentir, porque me alimenta estas letras.
Tenho medo. Tenho medo de um dia ouvir estes acordar e não sentir nada. Tenho medo de ficar vazia, oca, e não saber. Tenho medo de ficar permanentemente neste nada de não sentir, neste medo de me acabar no fim da minha pele, e não haver nada para além das minhas células. Nada para além desta presença física que não sei ainda controlar.
Queria escrever sobre o amor, mas a ausência do mesmo deixa-me vazia. Digo sempre que prefiro a dor à ausência do sentir, porque me alimenta estas letras.
Tenho medo. Tenho medo de um dia ouvir estes acordar e não sentir nada. Tenho medo de ficar vazia, oca, e não saber. Tenho medo de ficar permanentemente neste nada de não sentir, neste medo de me acabar no fim da minha pele, e não haver nada para além das minhas células. Nada para além desta presença física que não sei ainda controlar.
